V-ray, Corona ou outro???

Ando parado do mundo das maquetes eletrônica realista desde minha graduação em 2011, mas ultimamente ando sentindo saudades de ficar ansioso por achar uma forma de representar um material da forma o mais realista possível nos rendes “isso me deixava doente, e até hoje não entendo essa minha cisma, afinal eu era um chulé perto dos mestres da época haahaha” Logo andei observando que o mundo Archviz mudou muito, muito mesmo, chegaram os rendes baseados em RT, muitos modeladores e outros bem populares como o KETCHUP como costumo brincar AAHAH, a triste morte do Metal ray  e fim daquela velha e chata guerra de egos de qual render era o melhor. (Um minuto de silêncio......)

Sou GRATO por ter um olho ainda clinico para maquetes, apesar de alguns profissionais chegarem a resultados bem interessantes neste motores e modeladores populares, eu ainda fico com o complicado e mais refinado, afinal sou do tempo da turma que ficava louco com os trabalhos The third & the seventh ou pseudo Alex Roman, era o meu sonho fazer uma imagem final 20% perto dos resutados dele 

 

E com esse sentimento nostálgico que anda aflorando e me dando uma baita vontade de voltar a brincar com os rendes, andei observando que existem dois Renderizadores em alta,  que são o velho e bom V-ray que é o que usava e domino creio eu que de forma satisfatória, e tem também o Corona que não tinha conhecimento, logo minha pergunta é para saber em qual rende eu volto a brincar, se continuo com o V-ray/max, Corona/max ou algum outro que esteja sendo bastante utilizado levando em consideração o nível da qualidade de material apresentado pelos usuários.

No mais é isso e forte abraço a todos.

Oi Alan, tudo bem?

É ótimo saber que está voltando para o mundo 3D e fico feliz de te ver aqui participando com a gente no fórum.

Também achei muito interessante ler a sua descrição da diferença que sentiu de 2011 para 2018 no mundo de archviz 3D, pois muita gente que atua neste mercado e acompanha as novidades diariamente não param para pensar na imensa revolução que vem ocorrendo lentamente e que levará ao fim da renderização igual conhecemos, que precisa ajustar um monte de parâmetros e esperar para ver o resultado na tela, mesmo a tecnologia de renderização progressiva que vai suavizando o Noise com o tempo em breve será Real-Time de verdade com Raytrace e tudo mais rodando a mais de 30 Frames por segundo, sem precisar configurar nada, apenas as suas luzes e materiais, a Viewport será vista renderizada com qualidade final enquanto move os objetos naturalmente, sempre vendo tudo perfeitamente suave, é só uma questão de tempo, de 3 a 5 anos.

Ontem mesmo noticiei um Plug-in para o Cinema4D que exibe a cena 3D em tempo real a 14 Frames por segundo usando uma simples GTX 1060, que ainda é cara no Brasil, mas em pouco tempo custará 500 reais.

Este ano a Nvidia mostrou o RTX na GDC 2018, que permite fazer Raytrace em tempo real pela placa de vídeo, por enquanto só as placas mais caras conseguem, mas elas se tornarão ultrapassadas e baratas em pouco tempo.

Na sua descrição precisa incluir outro evento que mudou bastante o mundo 3D como um todo, a revolução das Engines de Games, que se tornaram gratuitas e oferecem renderização Real-Time com uma qualidade próxima dos renderizadores convencionais, além disso, ainda pode exportar uma aplicação para o cliente navegar pelo projeto em VR de verdade e interagir com os objetos como abrir portas, acender luzes e até trocar cores ou texturas.

Se levar tudo isso em conta e parar para analisar os renderizadores que citou, o Corona foi comprado pela Chaos e não apresentou muitas novidades nos últimos meses, enquanto que, antes da compra era uma novidade atrás da outra, mas a única que postaram recentemente foi a integração com o Phoenix FD, o Plug-in de simulação de fluidos da Chaos.

Então, se você fosse o Vlado, dono da Chaos e criador do V-Ray, você daria preferência para o Corona que comprou ou para o V-Ray que te deu tudo que você tem, inclusive a grana para comprar o próprio Corona?

Olhando as novidades, o V-Ray sempre implantou as tecnologias mais recentes rapidamente, mantendo um Render de 15 anos super atualizado, quando surgiu o Denoiser, primeiro foi lançado no Renderman, depois o Altus que é um Plug-in independente e dai veio no V-Ray, agora a Nvidia lançou o OptiX com Denoiser por AI e a Chaos já adicionou, semana passada a Nvidia lançou o RTX e a Chaos anunciou que também vai implantar no V-Ray.

O V-Ray se tornou tão hegemônico que estão prestes a lançar uma versão para o Unreal Engine, então, você poderá renderizar em Real-Time ou da forma convencional com toda a aceleração por GPU de dentro de uma Engine de Game.

Se quiser ver o vídeo do V-Ray no Unreal está neste link: http://3d1.com.br/noticia/66918

Essa é outra grande vantagem do V-Ray, dominando bem ele no Max, onde tem sempre todos os recursos, será fácil utilizá-lo em qualquer outro programa que tem Plug-in para ele e são muitos.

Enquanto isso o Corona vem cancelando Plug-ins que estavam desenvolvendo para outros programas em favor do V-Ray, como fizeram com o Plug-in para o SketchUp e foi divulgado aqui: https://corona-renderer.com/forum/index.php?topic=19185.0

Em maquete não dá para fugir do V-Ray, pois além de tudo ainda tem as trocentas bibliotecas com materiais configurados para ele.

Mas não posso deixar de falar sobre os outros renderizadores proeminentes como você perguntou porque dai estaria faltando com a verdade.

Tirando o V-Ray e o Corona, o renderizador que mais tem chamado a atenção desde 2014 quando foi lançado é o Redshift, pois ele é totalmente híbrido e trabalha com a CPU e a GPU ao mesmo tempo, então, consegue tempos de renderização muito baixos, mesmo em cenas com materiais complexos, que é o que mais pesa nos renderizadores.

Ele é famoso em outros programas como o Cinema4D e Maya, pois para os usuários do Max só existem V-Ray e Corona, então, apesar de ter Plug-in para o Max é muito pouco usado.

Outro renderizador que chamou bastante atenção alguns anos atrás foi o FStorm, que estava sendo desenvolvido por um dos programadores do Octane, da Otoy, mas parece que ele usou códigos patenteados do Octane e perdeu o processo para a Otoy na Nova Zelândia, dai o cara disse que na rússia ele estava ganhando, então, já dá para ver que ele faz o estilo do estelionatário brasileiro, pois a justiça da rússia é mais vagabunda e corrúpta do que a daqui, portanto, a venda do FStorm está proibida e se a Otoy descobrir que ele está vendendo por baixo do pano porque é um canalha, também vai processá-lo na Europa e nos EUA que possuem justiças decentes.

Falando em Octane, a Otoy está prestes a lançar o Octane 4 como o primeiro Smart Render, pois diversos recursos dele são baseados em inteligência artificial, além de Plug-in para o 3ds max ele também tem uma aplicação independente (Standalone) que permite importar cenas com animação para aplicar materiais, iluminação e renderizar.

O mais interessante de tudo é que ele será oferecido de graça para qualquer um usar comercialmente com até 2 GPUs, se pagar 20 dólares por mês poderá renderizar com 20 GPUs locais e mais de 200 em serviços remotos pela internet.

Você pode ver a notícia e o vídeo de exemplo neste link: http://3d1.com.br/noticia/66889

Espero que você volte a participar frequentemente aqui no fórum com a gente e qualquer coisa que eu puder ajudar no seu retorno é só falar.

Abração e tudo de bom.

André Vieira