Da uma lida nesta matéria que se encontra na parte de matérias da 3d1, foi feita pelo André..
Abraço
Realidade Virtual (VR)
Nesta matéria vamos falar de um assunto muito interessante e muito útil que pode ser a forma mais rápida e real de mostrar o seu projeto 3D para um cliente, seja um projeto arquitetônico ou de design com as tecnologias de VR você vai permitir que qualquer pessoa "manipule" tridimensionalmente o seu objeto ou vista panorâmica.
Já falamos um pouco sobre VRML na seção tutoriais e vimos como podemos criar mundos em 3D no Max para que outras pessoas "navegem" por ele, o VRML não tem uma grande qualidade gráfica e o arquivo costuma ficar bem grande, não é bom para net mas ótimo para um CD interativo, pois em VRML estamos em 3D real, podemos realmente "passear" pelo projeto, ou estudar um objeto minuciosamente, já o Quick Time VR tem uma qualidade de imagem igual a do Render do 3DS Max, com reflexos, refrações, GI, Caustics, o que for, já que são imagens que ele usa e não 3D poligonal real, o arquivo não é dos menores quando se trata de objetos, em cenas panorâmicas como de projetos arquitetônicos fica menor, mas ainda é ruim para usar na net em conexão discada, pode ser usado em banda larga, CDs interatvos, multimídia, apresentações e tudo mais, você não pode "passear" por um ambiente como em VRML, mas pode olhar em 360 graus, dependendo de onde fizer a montagem do VR pode colocar Spots em locais da imagem, por exemplo nas portas, este Spot pode receber um link para outro arquivo VR e assim o usuário pode navegar por vários ambientes, este link pode se referir a uma URL também permitindo acessar uma página Web. Agora a Discreet em parceria com a Macromedia lançou um novo plugin que permite exportar o mundo feito no Max para o Director e nele você pode fazer a programação da interação com o usuário de forma perfeita como em um jogo, é sem dúvida a maior e melhor interatividade que se pode conseguir em um ambiente 3D, mas depende de conhecer a linguagem de programação do Director, o Lingo.
O QuickTime VR vem de versões mais antigas, mas foi na versão 4 que ficou popular e começou a ser mais usado, existem outros programas como o VR Worx que também montam Movies em VR com imagens fotografadas ou geradas por computador usando a tecnologia do QuickTime. Você pode fazer isso até com fotos que tirou com sua câmera fotográfica convencional, colocando o objeto sobre um disco giratório graduado de forma a saber quantos graus girou o objeto para poder bater as diversas fotos corretamente, depois é só montar em qualquer um dos dois programas, o VR Worx só trabalha em plataforma Windows, o QuickTime como todos sabem trabalha em Mac e PC. Tanto a qualidade final quanto os recursos são idênticos para os dois. Veja a baixo os links para as páginas dos fabricantes dos dois programas.
Quick Time VR - Apple
The VR Worx - VR Toolbox
Temos dois tipos de vídeos VR nesta tecnologia, um é o oposto do outro. Panorama (figura 1 e 2) e Object (figura 3 e 4). No Panorama a câmera fica centrada na cena, ela é girada em determinados graus para fazer os renders ou bater as fotos que serão usadas na criação do VR, já no Object a câmera fica parada e quem gira em determinados graus é o objeto para poder ser fotografado ou renderizado nos ângulos corretos para a posterior montagem do vídeo VR. O cálculo usado para saber quantos graus deve girar o objeto é bem simples, divida 360 graus pela quantidade de imagens que deseja e saberá quantos graus deve girar a câmera ou o objeto, quanto mais imagens tiver mais real será o movimento.
Clique sobre as imagens a baixo e arraste o mouse para "ver" ao redor da cena. Precisa ter o Quick Time Player 4 ou superior instalado na máquina, pode baixar em www.apple.com
Figura 1 - 391 Kb
Figura 2 - 355 Kb
No caso de Object é fácil, mas no caso de Panorama você vai ter que mudar o aspect ratio da lente para poder render imagens altas e finas que vai compor no PhotoShop juntando-as para poder gerar uma imagem só, uma imagem em fita que é justamente o 360 graus do ambiente.
Isso não é preciso se estiver no 3DS Max 4x ou superior, não terá o mínimo trabalho para criar essas imagens e o vídeo VR, na verdade nem vai precisar do VR Worx ou do QuickTime VR, apenas precisa do QuickTime 4 ou superior intalado na máquina normalmente como vai precisar para poder ver os arquivos de exemplo em VR nesta matéria.
O 3DS Max 4x ou superior tem dois plugins que permitem criar essa imagem em fita, um deles é o poderoso Final Render da fabulosa Cebas Computers (www.finalrender.com), ele tem no menu Camera dentro do painel FR Globals diversas lentes que podem ser usadas no render, uma delas é a Spherical, ela vai criar uma imagem em fita com 360 graus da cena que pode ser usada facilmente em qualquer um destes programas que geram vistas panorâmicas, desde o QuickTime VR até o amadoríssimo Ulead Cool 360.
O outro plugin não podia deixar de ser da Cebas Computers também (www.cebas.com), é o Max QTVR, com ele o vídeo VR já sai pronto do Max, ele é um utilitário que tem diversas configurações permitindo definir o tamanho da imagem, a qualidade, a escala, quantos graus de precisão vai desejar, quantas imagens vai criar, compressão usada e tudo mais, mandando o plugin renderizar em MOV no final tem o vídeo VR pronto como nos exemplos usados nesta matéria. A única pena é que ele não permite a criação dos Spots para linkar com outros VRs ou URLs, para inserir um Spot teria que usar o VR Worx ou o QuickTime VR, as imagens poderiam ser geradas pelo Max QTVR normalmente. No VR Object podemos definir por quantos graus desejamos que o objeto seja visto, por exemplo, pode ver por toda a volta usando 360 graus mas não em cima e em baixo como no exemplo do walker a baixo, o arquivo fica menor mas não se pode ver o objeto de todos os ângulos, já no exemplo do rolete eu defini 360 graus para todos os lados, o arquivo fica maior mas o objeto pode ser visto por qualquer ângulo. Muita gente não imagina que seja tão simples fazer isso quando vê pela primeira vez um arquivo em QTVR.
Clique nas imagens a baixo e arraste para ver o objeto de vários ângulos.
Figura 3 - 355 Kb
Figura 4 - 604 Kb
O ideal na criação de CDs multimidias, interativos e de apresentações usando essa tecnologia seria o Director da Macromédia, como disse no início há uma nova parceria entre a Discreet e a Macromedia na tentativa de aumentar o uso do Max na criação de conteúdo Web, o Director permite controlar totalmente a exibição de vídeos VR, spots, sons sincronizados e até mesmo AVIs, é um programa maravilhoso para quem pretende interagir 3D com o usuário ou mesmo criar uma simples apresentação multimidia, com o novo plugin ShockWave 3D desenvolvido para o Max você pode exportar o mundo em 3D para ser programado no Director permitindo total interação com o usuário, o que era impossível até agora a não ser para programadores de jogos usando complexos Games Engines e programação C++. Este plugin pode ser baixado gratuitamente na Discreet clicando aqui. Só o Director 8.5 ou superior aceita essa interação, e depende de conhecimento aprofundado da linguagem de programação do Director, o Lingo, mas mesmo assim é bem mais simples que programar em C++ dentro de um Game Engine. O mais interessante é que alguns fabricantes de plugins para o Max estão criando X-Tras para serem usados com o ShockWave no Director na interação com o mundo em 3D, por exemplo o Reactor (Havok) tem um X-Tras para simulação dinâmica em tempo real como pode ver nos dois exemplos a baixo.
É preciso ter instalado o ShockWave 3D da Macromedia para poder ver os arquivos a baixo, clique aqui para instalar caso não tenha.
Figura 5 - clique na imagem para ver o VR
Figura 6 - clique na imagem para ver o VR
Para Web discada tudo é muito bonito só que na prática não funciona, mas quem já tem banda larga pode em breve começar a se deparar com sites que são realmente mundos em 3D, já em aplicações multimidia as possibilidades são infinitas, pode fazer o cliente "passear" por um ambiente e até mover objetos, mudar de posição os móveis, decorar como desejar, só a imaginação e a criatividade é o limite.
Andre Buttignoli Vieira