Olá, PKopp, td bem?
Pra falar a verdade, sua dúvida é igual a de muita gente que eu conheço e era a minha também, e como eu tinha essa questão de qual é melhor "BETA ou Digital?", resolvi estudar um pouco mais a fundo as diferenças de formato. Vale lembrar que os dois formatos atendem satisfatoriamente o mercado de vídeo, mas ambos tem enormes diferenças:
A primeira: um dos fatores que diferenciam a qualidade dos formatos mini-DV, DVCAM e BETACAM é o nivel de ruído. Mas o que é isso? Pra vc entender, faça um teste. Experimente gravar um ambiente escuro com uma vela acesa. Grave a imagem com sua PD170 e depois a mesma imagem com uma BETA qualquer (uma UVW100 da Sony, por ex). Qdo vc comparar as imagens, vc irá perceber q o preto é mais granulado na Digital do que na BETA (isso se chama nível de ruído). Essa é uma diferença.
Outro fator a ser levado em consideração é o jogo de lentes que a câmera possui. Pode parecer besteira, mas pelo simples fato da BETACAM ter jogo de lente intercambiável (todas as câmeras da linha vem com lentes separadas, da Fuji ou Canon, por ex), isso faz uma senhora diferença. Na maioria das vezes, essas lentes possuem 3 CCDs de 1/3'', o que não acontece com as digitais que vêm com jogo de lente acoplado à câmera (há digitais que vem com lente de 1 CCD de 1/6''), e, portanto, não pode ser trocado por outro. (Ps. não se esqueça também q qto mais baixo valor do CCD, melhor será a qualidade. Ex: uma câmera com 3 CCDs de 1/3'' tem mais qualidade q uma de 1/4'' ou 1/6'')
Outra está nas linhas de resolução. Qualquer câmera BETA grava, no mínimo, com 750 linhas de resolução. Algumas digitais (como por ex, a linha DSR da Sony, a GY-DV5000 e similares da JVC e a AG-DVC200 da Panasonic, entre outras), também gravam com no mínimo 750 linhas de resolução. Esse, porém, não é o caso da maioria das chamadas "Handycams", que gravam entre 520 e 550 linhas de resolução. Isso inclui a linha PD da Sony (infelizmente, sua câmera é uma delas), a linha AG-DVC (7 10, 15, 20 e 60) da Panasonic (que apesar de ter 3 CCDs, também só gravam com 530 linhas), e também a linha Handycam da JVC.
Um outro aspecto a ser levado em conta é q tanto a BETA, como qualquer outra Digital (mini-DV, DVCAM, DVCPRO) finalizam o material em modo analógico. É claro, toda a linha DV processa as imagens de forma digital, diferente da BETA, mas finaliza o material de forma tradicional (fita), como a BETACAM (fita). Tanto é verdade que você, trabalhando em qualquer dos formatos citados, depois q gravar o material, terá q digitalizar o material pra dentro da ilha de edição. Esse processo é analógico, independente de usar entrada firewire.
O mercado de vídeo muda muito rapidamente, é verdade. A cada dia saem milhares de coisas novas na área broadcasting. A linha HDV da Sony, como algumas câmeras profissionais da Philips e JVC já gravam em formato digital, ou seja, o material é gravado numa espécie de cartão de memória que já é colocado diretamente na ilha de edição e editado, sem a necessidade de digitalização. A TV Globo e a TV Bandeirantes daqui da minha cidade já usam esse formato para o jornalismo. Tanto pela facilidade quanto pela qualidade, este sim, pode ser chamado de Digital, já que o equipamento, inclusive, é compatível com o novo sistema de transmissão da TV brasileira.
PKopp, espero ter esclarecido sua dúvida. Trabalho numa faculdade e numa produtora de vídeo aqui na minha cidade. Trabalho com uma Sony BETACAM UVW 100, com uma Sony DVCAM DSR-250, uma PD170 e uma Panasonic AG-DVC15 e posso te garantir, por experiência prática, q com relação a esse formato digital que é mais popular no mercado, a BETACAM ainda é bem superior.
Tem uns links q você pode ver as câmeras e compará-las:
http://www.merlin.com.br/produtos/produtos_detalhe.php?codigo_produto=526
(PD 170)
http://www.merlin.com.br/produtos/produtos_detalhe.php?codigo_produto=473
(DSR 250)
Vou tentar achar algum link com uma BETACAM, depois eu posto aqui pra vocês.
Desculpem pelo monte de informações que postei, é q esse assunto é meio complexo... :(:(
Qualquer dúvida, estou a disposição
Um abraço,
Newmar Martins