Caro Mode
Para não haver enganos, a nomenclatura correta para este tipo de maquete é Maquete Física, blz?
Olha, faz séculos que não faço maquetes físicas... desde a época de faculdade. Mas os materiais podem variar muito, em função do tipo, escala e finalidade das maquetes.
Como em sua grande maioria, as maquetes físicas são feitas para construtoras, vou citar alguns materiais mais comuns utilizados na minha época, para este tipo de trabalho.
O MDF é considerado um dos melhores materiais para maquetes devido ao seu relativo fácil manuseio, mas ao mesmo tempo confere estabilidade e rigidez a estrutura da maquete. Pode ser cortado até com um estilete bem afiado, desde que a chapa não seja muito grossa, claro.
O fato de aceitar os mais variados acabamentos torna-o um material muito versátil.
Existe também o Cartão Maquete, que consiste em um “sanduíche” de duas folhas tipo cartolina, com o seu interior preenchido com espuma de poliuretano.
Madeira Balsa é outra opção.
Telhados podem ser facilmente representados com Cartão Canelado (ondulado). Existem algumas técnicas de pintura e texturas a serem aplicados sobre este cartão, para uma representação mais real das telhas.
A utilização de aerógrafo é uma das melhores opções neste caso.
Para vidros, em geral chapas de plástico transparente são ótimas soluções. O acrílico ou polimetil-metacrilato é uma opção mais cara e que deve ser utilizado em situações específicas, uma vez que seu manuseio é bem mais difícil, pois é um polímero muito duro e praticamente impossível de ser utilizar um estilete para cortá-lo se espessura da chapa passar de 0,5 mm.
Até chapas de radiográfias podem ser utilizadas em maquetes físicas.
Para vidros espelhados a melhor opção é aplicar películas de controle solar. Este é um dos poucos casos na confecção de maquetes físicas, em que se utiliza o mesmo material que na construção real.
Para vegetação, existem muitas miniaturas prontas de árvores e arbustos, mas nada impede que sejam confeccionadas manualmente com arames (aqueles com revestimento plástico de várias cores), espumas, esponjas naturais e plásticas, gravetos pintados ou [i:557ce51bcf]in natura[/i:557ce51bcf], etc.
A grama, que sempre acaba sendo um “problema”, pois varia muito sua textura em função da escala que está sendo feita a maquete. Então os materiais utilizados para sua confecção variam muito para cada situação. Vai desde serragem à areia de praia, tingidas.
Quanto à modelagem topográfica, costuma-se utilizar chapas de isopor, com um tipo de massa plástica para fazer o preenchimento entre as mesmas. Entretanto, apesar de ser mais cara, as chapas de Espuma de Poliuretano (as mesmas utilizadas na confecção de pranchas de surf) são muito mais resistentes e moldáveis que o isopor, proporcionando um acabamento muito melhor com um tempo bem inferior ao isopor.
É preciso analisar a relação custo/benefício entre esses materiais na hora de optar por um e outro.
Independente dos materiais possa ou não ser utilizados em uma Maquete Física, vai muito também da criatividade e experiência de cada um, pois para uma mesma representação em escala, poderão ser utilizados os mais variados materiais e acabamentos.
Então não existe uma norma ou regra definitiva para a construção de Maquetes. O que vale é capacidade de visualização ao pegar um material qualquer e poder transformá-lo naquilo que se precisa.
Espero que tenha lhe esclarecido um pouco sobre o assunto
Abraços
Arquiteto Juliano Azeredo
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