Poxa, vamos concordar que é um saco a seleção de vertex no Max, mesmo você utilizando ferramentas de seleção mais afins. Viu como ele é feita no vídeo? Muito show! Quanto à modelagem em VR é digna de "Futuro do Futuro", onde será postada, também, Andre. Concordo com você em relação a eliminação de certas etapas, mas ainda diria mais. Esta tendência pode estar nos colocando em contato com um novo limiar na modelagem; um outro Truning Point, porém, com uma peculiaridade, não do futuro, mas do passado. Vou explicar.
Eu vejo esta nova tendência em TI, voltada à modelagem como uma revolução sem precedentes na própria história da evolução da computação, Andre.
Por quê?
Pelo simples fato que não estou pensando somente em termos de mãos e dez dedos interagindo, trabalhando, modelando e criando alguma obra ou seja o que for em 3D, fazendo o uso do corpo como um todo. Se vermos em termos de prospectiva e de todos os avanços que vem acontecendo é bem possível que sua mão não seja somente um meio ou veículo para segurar e orientar um brush (pincéis) ou um mouse.
Será que este artista digital do amanhã usará não somente uma mão, mas cada um dos dez dedos como alternativas de modelagem, onde cada dedo pode ser mais do que um brush? Pra quem não sabe há violonistas que usam (no caso de um destro) todos os cinco dedos da mão direita. Isso é muito comum em violonistas ou guitarristas flamencos.
Explico melhor, Andre.
Acho que você até pensou nisso, embora não tenha expresso em seu texto. Não reparou que se este exercício de prospectiva vingar, este artista estará sendo, sem tirar nem pôr, um... "Oleiro Digital" que não usa somente as duas mãos, mas, também, todos os seus dedos, da mesma forma que um oleiro que usa todas as duas mãos, além de alguns recursos primitivos para executar ou melhorar detalhes em sua arte.
Vamos avançar mais um pouco.
Se este artista ou oleiro digital estiver ligado, conectado a uma Network Neuro-Mental - avançadíssima, claro!!! -, os comandos poderão ser efetuados não somente por voz, mas por algum tipo de reconhecimento telepático. Logo, ele poderá estar trabalhando ou não, simultaneamente, com outro artista ou sendo observado de forma presencial ou não. Por conseguinte, ele poderá ter, como opção, tanto os comandos manuais, atalhos ou hotkeys através de comandos de voz - ou, mais reservadamente, mental, telepática.
Para concluir, este artista, fruto de um avanço prospectivo, naturalmente usará o seu corpo, num universo VR, podendo trabalhar o seu projeto tanto externamente como ingressando no interior dele, verificando, em várias vistas, o seu trabalho por fora e por dentro. É o artista ingressando e transpassando não só o tempo e seus avanços, mas também a própria obra.
Abração fraterno,
Marcelo Baglione
P.S.: A obra que usei para ilustrar esta reflexão é um trecho do afrescos que se encontra no teto da Capela Sistina, no Vaticano, conhecido como A Criação de Adão criado pelo mestre e gênio italiano, o pintor e escultor Michelangelo Buonarotti (1475-1564).