Oi Marcelo, tudo bem?
Desculpe a demora para responder, tirei uma folga do site e da internet nestas últimas semanas do ano.
Eu te indiquei o Redshift porque sei o quanto gosta do Mental Ray e porque não trabalha com maquete, pois quem trabalha com maquete tem que usar o V-Ray se quiser obter a devida produtividade graças a quantidade imensa de biblioteca para ele.
Agora, se você vai estudar o V-Ray também, pode não valer a pena se dedicar ao Redshift, já que o V-Ray não está tão distante do tempo de renderização do Redshift como estão o Arnold, Mental Ray e demais renderizadores.
A partir da versão 3.6 o V-Ray implantou o seu sistema híbrido, que prova como a Chaos sempre mantém ele com as tecnologias mais recentes, então, tudo indica que aos poucos o V-Ray também se tornará um renderizador híbrido.
Sem falar na quantidade de material de estudo disponível para o V-Ray.
Porém, outra coisa que afirmo sempre é que, conhecendo bem os princípios da fotografia e da renderização 3D qualquer pessoa consegue usar facilmente qualquer renderizador, pois todos eles seguem estes mesmos princípios.
Desde o início dos anos 2000 até agora eu acho que já estudei e aprendi a renderizar com cerca de 10 renderizadores diferentes, sendo que, os que mais usei foram o Final Render na primeira versão, o V-Ray nas primeiras versões e o Mental Ray.
Quando saiu o Arnold no Max, no mesmo dia consegui obter bons resultados apesar da chatisse de ter que lidar com o granulado, então, é fácil migrar de um para o outro, entretanto, só com experiência em cada um que você vai conseguir obter os melhores resultados com o menor tempo possível, por isso que profissionalmente vale a pena se dedicar com afinco a apenas um render por vez.
Como você percebeu, são raros os tutoriais e informações sobre o Redshift no Max porque para os usuários de 3ds max só existe o V-Ray, o Redshift é famoso no Maya e no Cinema4D, para estes programas tem vários vídeo tutoriais e informações, então, desanima mais ainda quem deseja estudar o Redshift no Max.
Se tiver bastante gente querendo aprender o Redshift poderemos montar um grupo de estudo na seção de grupos de estudo, mas qualquer dúvida que você tiver sobre ele e eu puder ajudar, é só falar, pois vou te responder com o maior prazer.
É super simples configurar o Redshift, primeiro de tudo precisa marcar a opção "Dont Automatically Reduce Samples Of Other Effects", que fica na aba Output, como mostra a imagem em anexo.
Depois, na aba GI, é só escolher o Brute Force como Primary GI Engine, coisa que nos outros renderizadores ficaria lento, apesar de obter a melhor qualidade, mas no Redshift vai na boa graças a velocidade dele, se quiser também pode usar o Irradiance Cache como GI primário.
No Secondary GI Engine é melhor usar o Irradiance Point Cloud, como mostra a imagem em anexo.
Logo abaixo tem o número de GI Bounces, que é a mesma coisa do Diffuse Bounces do Mental Ray e define a quantidade de rebatimentos da iluminação.
Para interiores é bom usar entre 4 e 8, para externas pode ser entre 2 e 3, igual era com o Mental Ray.
A partir de agora você só precisa ajustar dois valores para controlar a qualidade da renderização, o Num Rays no menu do Brute Force e o Samples Per Pixel no menu do Irradiance Point Cloud, como mostra a imagem em anexo.
O ideal é deixar o Brute Force com o dobro dos Samples do Irradiance Point Cloud.
Para render de preview você pode usar 16 no Brute Force e 8 no Irradiance, para render final depende um pouco dos materiais e efeitos aplicados na cena, mas pode subir para 64 ou 128 no Brute Force, colocando a metade do valor no Irradiance.
Assim, só precisará se entender com as luzes e os materiais dele para renderizar com qualidade, realismo e velocidade tudo que desejar.
Vale a pena testar os ótimos recursos do Redshift Material, a renderização de Hair And Fur e de efeitos volumétricos em VDB, ele renderiza Volumes muito rápido!
Qualquer outra dúvida que tiver é só falar.
Abração e tudo de bom.
André Vieira