Andre e demais colegas, boa tarde,
Pra começar, o vídeo que você cita é algo digno da NVIDIA, mesmo. Sei que assisti aqui, mas já não sei onde, rs.
Sabe o que penso a respeito?
A ficção possui várias vertentes básicas de realização e expressão, através, por exemplo, da literatura e do cinema. Existem livros e filmes que são praticamente "estruturais" à ficção - às vezes nem sendo propriamente ficção, ok? Mas uma coisa - me aponte ou me ajude se estiver equivocado - eu já notei: os caminhos ou modelos de realização da ficção já apresentam seus naturais "retentores de evolução". O que vem a ser isso? Os modelos básicos, por isso estruturais da ficção atingiram - acho... - um limite. Acredito que ele possa ser transposto, mas como a evolução se dá em etapas e não a pontapés, os limites do que seria o amanhã, o tão preconizado futuro, está retido.
Se olharmos com toda atenção, a obra prima do gênio austríaco Fritz Lang, deu suas dicas no início do século passado, quando lançou Metrópolis em 1927, ao fazer ficção e profecia ao mesmo tempo.
Há, acredito, elementos estruturais ou como se diz na psicologia analítica, arquétipos do amanhã, da ficção na psique da humanidade como protoexistência. Alguns já foram alcançados. A maneira mais fácial de perceber isso hoje é através da arte digital, dos inúmeros artistas desta área.
Como gosto sempre de dizer, o futebol não começou na semana passada com o Neymar. Da mesma forma, a ficção científica.
Não estou dizendo que é solução, mas apontar somente um elemento para mais reflexão, a respeito do que vejo e sinto como retentores - naturais - à ficção que a torna, até certo ponto, repetitiva.
O espetacular filme Metrópolis (1927) é uma destas obras-paradigma que praticamente falou tudo - e ponto final. Fornceu dicas, também, de como transpor os tais "retentores" à criação artística do amanhã ou do futuro. Onde estão eles? Hem? Vou responder com uma pergunta, pode ser?
O que teriam a ver as obras dos notáveis pintores flamengos Pieter Bruegel, "O Velho" (1525-1569) e Hieronymus Bosch (1450-1516) como fonte de solução e inspiração ao avanço criativo da ficção, ajudando, assim, a transpor a crise de retenção que gera repetição de modelos já realizados?
(Continua...)
Abração fraterno,
Marcelo Baglione
P.S: Note que não estou citando outras obras paradigmáticas; falo, apenas e somente de Metrópolis, para perecbemos o quanto nos aproximamos tão rápido, do ponto de vista da ficação, com o futuro - que vem se tornando realidade há cada década ou até em poucos anos.