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FUTURO DO FUTURO - Uma forma de conjugar a ficção e o amanhã

Por: Marcelo Baglione  

Em: 09/05/2018 19:40

Andre e demais colegas, boa noite,

Estou abrindo este tópico que entitulei como FUTURO DO FUTURO - Uma tentativa de conjugar o amanhã através da arte digital, hoje.

São reflexões que vou jogar aqui, sem compromisso com tempo, regularidade e muito menos lógica formal que me obrigue a seguir uma norma ou roteiro. Portanto, vou introduzir temas que me são caros e importantes à reflexão e à abertura de consciência para o respectivo tópico. Cinema, ciência, literatura, pintura, moda, história e até coisas que não estejam obrigatoria ou diretamente relacionadas ao tópico em questão, mas que possam vir a ser importantes pontos de apoio a um melhor entendimento do que está acontecendo no universão da criação voltado à ficação e a um possível amanhã, onde a realidade pode ter inúmeras ou infinitas alternativas.

Não há limites para a criação - acho eu. No entanto, há limites para quem a cria - é o que também acho. Mas você tem a total liberdade de discordar absolutamente de tudo

Não há presente sem um passado; não existe um futuro que não seja feito dia após dia, certo? Mas estes dias estão contados, queiramos ou não, pois o tempo passam e eles se transformam em passado. Todavia é nossa consciência que vivência esta trajetória.

Vivemos um percurso existencial ou uma vida no espaço, por um determinado tempo. Dizem que o tempo é uma ilusão. Fala-se, do mesmo modo, que não existe um universo, mas um multiverso que se interpenetra em outras dimensões.

Espero que este espaço seja, portanto, um maneira de "tentarmos" "sentir" o que estamos passando, diante desta avalanche transrevolucionária de nossos dias que é a tecnologia digital da informação.

Escolhi para ilustrar o lançamento deste tópico ou sessão, a imagem de um Buraco Negro (Black Hole). Um fenômeno físico-astronômico tão incomensurável e ciclópico que é capaz de realizar a fagia da luz e de tudo o que se aproxime dele, inclusive o espaço-tempo.
Abração fraterno,

Marcelo Baglione

P.S.: Gostaria de agradecer aos administradores do 3D1, Andre e Elis pelo apoio e incentivo. Obrigado!
Parceiros de Fórum, boa noite,

Logo, logo estarei postando a minha primeira intervenção ou sugestão à reflexão sobre o FUTURO DO FUTURO, ok? Aguardem.
Abração fraterno,

Marcelo Baglione
Prefácio Desnecessário

Tudo começou aqui, em uma troca de mensagens com o Andre que tinha publicado uma excelente notícia sobre "Animação de personagem vai acabar". A partir desta noticia, emergiu a vontade de começar a publicar extratos e reflexões a respeito da ficção. Darei início com este diálogo epistolar (digital, rs) que encontrou, em outras trocas, o verdadeiro ingresso na questão do Futuro do Futuro. Logo, o que vem a seguir é apenas a semente, a humilde gênese das reflexões que virão a seguir.

M.B.

P.S.: Obrigado, Andre.
====================
De todas os experimentos, acho que o do cara com o esqueleto foi o que mais me inspirou em relação à transição do jogo para o homem. É o futuro do futuro que passei a compartilhar contigo, enquanto reflexão, Andre. A aplicabilidade é praticamente infinita. Bio-medicina, ortopedia de próstese e reconstrução, medicina esportiva e aperfeiçoamento esportivo, o esporte em si. De cara, logo que comecei a ler, vi que era sobre IA. Chegará um dia em que poderemos dizer, não mais AI, mas RI - Será Realidade ou o homem, dentro de um plano ético seguro e em estado avançado civilizacional, introduzir a sua centelha de Mente (Manas dos hindus) no que era digital? Virou robô e passou a ser uma Realidade Inteligente. NADA DISSO EVOLUIRÁ SEM UMA ÉTICA PLANETÁRIA. Mas a civilização planetária caminha para esta "tendência". É como a inevitável união do "cientista analítico (junguiano) e do psicólogo quântico.

Me perdoe apenas por não está acompanhando muito junto, pois, como você sabe, tenho que resolver assuntos familiares daqui e de lá... Logo, só hoje estou podendo ler esta sua ótima resposta. Andre, tenho uma penca de títulos para ver e rever para ir redigindo, sem compromissos, o Futuro do Futuro.

Confesso, de público, que às vezes dou muita sorte com leads e subleads, rs, mas ainda não encontrei um..., como vou dizer, contra lead à expressão AI - Inteligência Artificial. O que "sinto" - e faço questão de repetir: sinto - é que esta expressão-conceito será superada, não sei quando (?!), no momento em que ela realmente se tornar o que deve ser ou começar a caminhar pelo seu verdadeiro propósito em meio à raça humana, Andre.

Todo um passado civilizatório e suas culturas, já foram extintos do dia para à noite, num estalar de dedos, por causa ou pela ausência absoluta da ética e da moral.

Não existe caô com a Totalidade (ver Rudhyar 1895-1985). Quero dizer que o mal existe e que estas avançadíssimas propostas de transrevolução representam o progresso, caso estejam em mãos eticamente voltadas ao gênero humano. Caso contrário, em posse de hordas faustianas, nada mais seriam do que uma reprise de tragédias que a história recente já tem registrada em seus anais.

Portanto, não sejamos ingênuos: o mal existe e também quer isso!

A fissão nuclear do urânio foi alcançada com êxito, uns sete anos antes de Hiroshima e Nagasaki, no Instituto de Química Kaiser Wilhelm, em Berlim no ano de 1938. Portanto, os nazis estavam avançadíssimos nas pesquisas de um futuro projeto de arma nuclear, mas o seu Adofo moscou, graças a Deus, deu uma de Napoleão, pensando ser um mongol e levou ferro ao invadir a Rússia durante o inverno.

Andre, isso é só um exemplo do que o homem é capaz de fazer, tanto para o bem como para o mal.

A AI já é uma realidade em pleno desenvolvimento, mas o bem e o mal sempre estarão dividindo igualitariamente ou não, a outra face desta mesma moeda.
Abração fraterno,

M.
Pra começar, o vídeo que você cita é algo digno da NVIDIA, mesmo. Sei que assisti aqui, mas já não sei onde, rs.

Sabe o que penso a respeito?

A ficção possui várias vertentes básicas de realização e expressão, através, por exemplo, da literatura e do cinema. Existem livros e filmes que são praticamente "estruturais" à ficção - às vezes nem sendo propriamente ficção, ok? Mas uma coisa - me aponte ou me ajude se estiver equivocado - eu já notei: os caminhos ou modelos de realização da ficção já apresentam seus naturais "retentores de evolução". O que vem a ser isso? Os modelos básicos, por isso estruturais da ficção atingiram - acho... - um limite. Acredito que ele possa ser transposto, mas como a evolução se dá em etapas e não a pontapés, os limites do que seria ou possa vir a ser o amanhã, o tão preconizado futuro, está retido ou psicologicamente recalcado.

Se olharmos com toda atenção, a obra prima do gênio austríaco Fritz Lang deu suas dicas, no início do século passado, quando lançou Metrópolis em 1927, ao fazer ficção-profecia ao mesmo tempo.

Há, acredito, elementos estruturais ou como se diz na psicologia analítica, arquétipos do amanhã, da ficção na psique da humanidade como protoexistência. Alguns já foram alcançados. A maneira mais fácil de perceber isso hoje é através da arte digital, dos inúmeros artistas desta área.

Como gosto sempre de dizer, o futebol não começou na semana passada com o Neymar. Da mesma forma, a ficção científica.

Não estou dizendo que é solução, minha proposta aqui não é esta, mas apenas apontar possíveis caminhos ou elementos para mais reflexão, a respeito do que vejo e sinto como retentores - naturais - à ficção que a torna, até certo ponto, repetitiva.

O espetacular filme Metrópolis (1927) é uma destas obras-paradigma que praticamente falou tudo - e ponto final. Fornceu dicas, também, de como transpor os tais "retentores" à criação artística do amanhã ou do futuro. Onde estão eles? Hem? Vou responder com uma pergunta, pode ser?

O que teriam a ver as obras dos notáveis pintores flamengos Pieter Bruegel, "O Velho" (1525-1569) e Hieronymus Bosch (1450-1516) como fonte de solução e inspiração ao avanço criativo da ficção, ajudando, assim, a transpor a crise de retenção que gera repetição de modelos já realizados?
(Continua...)

P.S.: As ilustrações são, respectivamente, as obras  Hieronymus Bosch (1450-1516) Garden of Earthly Delights e Pieter Bruegel (1525-1569) Temptation of St. Anthony.
Oi Marcelo, tudo bem?

Fico feliz de ver que deu início ao tópico Futuro do Futuro aqui no fórum, vou acompanhar com o maior interesse.

Gostei muito das imagens que postou, principalmente as duas mais psicodélicas no final, e por ter replicado aqui as reflexões que estava fazendo no tópico da animação por AI como a que indica o filme Metropolis de 1927, pois acho importante para o pessoal conhecer os primórdios da ficção científica.

Aquilo que a gente estava conversando no tópico O Futuro Chegou também tem tudo haver com esse aqui.

Como você sabe, me interesso muito pelos estudos de metafísica e gostei bastante da introdução que fez sobre passado, futuro, multiverso e sentir a vida. Parabéns.

Abração e tudo de bom.

André Vieira
 
Antes de dar continuidade a postagem anterior - coisa que muitas vezes não vão acontecer, rs! -, quero destacara o que o Andre e o Fox disseram no tópico O Futuro Chegou, onde eu saliento que estamos vivendo mais do que uma simples mudança ou revolução, mas uma transrevolução e estabelecimento de um novo paradigma ou "Turning Point" na "disciplina" renderização. Vejam lá, leiam lá onde falo que estamos atravessando um "limiar". Vamos seguir, seguindo...

P.S.: Usei esta ilustração para mostrar a importância dos limites, delimitados, na imagem, pelo perímetro da luz.
Metropolis - I

"As Transparências Encanam"
(Dito popular, século III a.C.)

P.S.: A foto mostra os personagens Tahei & Matashichi da obra The Hidden Fortress ou Fortaleza Escondida (1958) do diretor japonês Akira Kurosawa (1910-1998).
Metropolis - II

"As Transparências Encanam"
(Dito popular, século III a.C.)

P.S.: Nesta foto vemos o personagem Frankenstein, na atuação de Boris Karloff [1931].
Metropolis - III

"As Transparências Encanam"
(Dito popular, século III a.C.)

P.S.: Nesta, a escultura Prometeu (1762) do artista escutor francês Nicolas-Sébastien Adam (1705-1778).

Obs: Começarei a falar um pouco sobre o filme Metropolis agora, a partir do título Metropolis - IV.
Oi Marcelo, tudo bem?

Muito interessante a imagem que postou das mãos, pés e folhas.
São imagens da aura?

Sobre a imagem do Frankenstein, acho que essa é a que todo mundo tem na cabeça quando fala de Frankenstein, com esta testa imensa e quadrada, personagem inesquecível.

A escultura também é linda, dá até vontade de brincar um pouco no Z-Brush quando vejo estas coisas, imagine um artista deste com o Z-Brush, pois fazer na pedra não é para qualquer um. rsrsrsrs

Abração e tudo de bom.

André Vieira

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